segunda-feira, 23 de novembro de 2015

texto para seminário sobre adolescência (auto estima)

AUTOESTIMA
CENTRO EDUCACIONAL 06 – GAMA /DF
DISCIPLINA : FILOSOFIA
PROFº : DENYS F. DA COSTA.
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O QUE É AUTOESTIMA
Por outro lado, se perguntamos a alguém:
‘Como você se descreveria?, isto é, “Como você se vê?”, essa pessoa pode responder: “Tenho cabelo escuro, sou jovem, bem alto, sociável, alegre e trabalhador”. Essa descrição corresponderia à imagem mental que a pessoa tem, sem se aprofundar em avaliações, e corresponderia ao autoconceito, isto é, o conceito que o indivíduo tem de si mesmo.
O autoconceito é a representação mental que alguém tem sobre si em um certo momento. Seria uma imagem de si sem adicionar nenhum outro valor. A autoestima, no entanto, seria a dimensão avaliativa daquela representação mental. O julgamento acontece de acordo com um critério, que é a comparação da imagem produzida por alguém ao se ver em situações reais com a imagem ideal que ele gostaria de ter Dessa forma, a pessoa contribui para a formação de sua autoestima. Quanto mais a imagem percebida do indivíduo, em situações reais, for similar à imagem ideal de como ele gostaria de ser, menor é a chance de surgirem problemas com autoestima.
A autoestima pode ser definida como um conjunto de sentimentos, pensamentos e comportamentos que fazem as pessoas acreditarem que vaie a pena se valorizar e amar a si próprias sem a necessidade de depender dos outros.
Poderíamos também defini-la como a maneira que as pessoas se sentem com relação a si mesmas e como elas se valorizam.
                A auto estima é baseada em pensamentos, sentimentos, sensações e experiências pelas quais passamos em nossa vida.
                Essas definições podem ser usadas como um pontapé inicial, mas tentaremos  conhecer coisas mais práticas sobre auto estima ao longo deste livro.  A auto estima é um fenômeno que carregamos conosco por toda a vida , embora talvez não estejamos cientes disso. Seremos capazes de reconhece-la através de nosso sentimento e desempenho geral.
Já dissemos que todos temos autoestima, mas ela não é estável a todo o momento e varia entre as pessoas. Assim, podemos falar, em linhas gerais, sobre dois tipos de autoestima, a alta e a baixa. De acordo com o tipo de autoestima, teríamos pessoas com alta autoestima e pessoas com baixa autoestima. A baixa autoestima é aquela que pode acompanhar as pessoas com problemas tanto no âmbito de sentimentos quanto de comportamento. As pessoas com baixa autoestima desdenham suas qualidades e isso as faz reagirem inadequadamente. Isso pode ser aplicado em duas dimensões: a particular, por exemplo, “Acho que sou um bom jogador de xadrez”, e uma dimensão mais global, como, Acho que sou uma pessoa boa e tenho orgulho das minhas qualidades”,
É importante que nos valorizemos como somos, reconhecendo os aspectos positivos e negativos em nossa maneira de reagir às coisas, já que isso nos protegerá do julgamento dos outros,
1.0. ADOLESCENCIA E AUTOESTIMA
O adolescente pode se sentir feliz ou, como acontece com frequência, se sentir confuso e insatisfeito com as mudanças pelas quais passa. Nesse processo. sua autoestima tem um papel importante. É exatamente nesse período que a autoestima pode ficar mais baixa ou o adolescente pode se sentir mais inseguro. Como resultado, é importante que você se aceite como é, com suas qualidades positivas e seus pequenos defeitos, e gaste o tempo que for preciso até que os novos atributos de seu corpo e de sua personalidade possam estar do jeito que você gosta.
Como a autoestima é construída e estimulada dentro de contextos significativos para o indivíduo (desenvolvimento humano), tais como família, escola e grupos sociais,a melhor maneira de ter os adolescentes vivendo em harmonia e sendo felizes é contar com ambientes onde eles encontrem compreensão e apoio. É necessário promover programas que melhorem os relacionamentos entre professor e aluno, e entre pais e filhos, para que haja melhor convivência entre nossos jovens.
 A auto estima saudável ajuda o adolescente a se tornar um ser humano e também é um sintoma que diz se esse processo ocorre corretamente. É importante que você se valorize como um todo, ou seja, juntar os pequenos complexos ou partes de que você não gosta com o todo e aceitá-las.

2.0. COMO AUTOESTIMA APARECE  NAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES?
As pessoas, do dia em que nascem até se tornarem completamente
autônomas, trilham um caminho que está intimamente ligado aos seus pais ou responsáveis nos primeiros estágios da vicia. Com o tempo, elas se tornarão adultos independentes.
A autoestima nos adolescentes tem grande relevância em várias áreas. As mais importantes são: geral, física, relacionadas à competência acadêmica e intelectual, social, ou relacionada a outras pessoas, e emotiva.
 Se a criação é feita com sucesso, eles passarão de dependentes de seus pais para pessoas que se respeitam, responsáveis e capazes de corresponder às exigências da vida com competência e eficiência.
Há um período crítico ao longo desse caminho, que é quando a identidade da pessoa é formada, e isso ocorre durante a adolescência.
Há momentos em que esse processo é interrompido ou não resulta em nada, então ocorre uma paralisação em um nível específico de maturidade mental ou emocional.
Nos primeiros estágios, os pais seriam responsáveis pela educação dos filhos com relação à autoestima. Mas as crianças crescem em um contexto social, e os relacionamentos com outras pessoas são vitais para seu desenvolvimento e autonomia.
Durante a infância, descobrimos que não somos todos iguais, somos diferentes uns dos outros, e há pessoas que nos aceitam e outras que nos rejeitam. Começamos a criar uma ideia do nosso valor a partir dessas experiências de aceitação e rejeição de outros quando somos jovens.
                Nos primeiros relacionamentos. O filho ou a filha pode sentir uma segurança que permite o surgimento do ego, ou o medo e a instabilidade que dissolvem o ego antes de ficar pronto.
                Nos relacionamento seguinte , podem passar pela experiência de serem aceitos pela experiência de serem aceitos e respeitados ou rejeitados e desprezados. Uma criança pode ter o equilíbrio entre a proteção e  a liberdade, a superproteção que exigem dela a criação de recursos que ainda não tem. Essas e outras experiências contribuem para  o tipo de identidade e autoestima formada ao longo tempo.
Quando atingimos a adolescência, deixamos a dependência familiar, conquistamos a independência e contamos com nossos próprios recursos. De acordo com a autoestima que a pessoa desenvolveu, ela poderá chegar na maturidade sem problemas ou, caso contrário, procurar por caminhos errados e aparentemente fáceis, tais como comportamentos violentos, uso de drogas, etc.
AUTOESTIMA PARA OS ADOLESCENTES
Já vimos como o nível de autoestima influencia a maneira como agimos e pensamos. É essencial para uma atitude adequada e para nossa realização pessoal. É necessário alcançar um nível ótimo de autoestima para não sabermos e para que nosso desenvolvimento não seja impedido.
Sabemos que, nesse processo de formação de auto- estima, acontece um exercício de comparação ou auto- avaliação entre si com os outros, o resulta na aceitação de algumas áreas da vida de um indivíduo e não
No campo do aspecto físico, os adolescentes farão uma série de auto avaliações da sua aparência, suas habilidades e competências, em diferentes tipos de atividade física
autoestima atuará como uma “vacina” para que o sofrimento psicológico causado por críticas, rejeição, falhas, perda, ou quaisquer eventos negativos e estressantes, possam ser minimizados.

Essa avaliação é altamente influenciada pelo sexo da criança, assim como pelas tendências da moda que influem poderosamente a maneira como se vestem ou sua aparência (se têm estatura alta ou baixa, se são atraentes ou feias, etc.).
A confiança em si é aplicada, acima de tudo, aos nossos atos. Ter confiança é pensar que somos capazes de agir apropriadamente em situações importantes.
Um bom nível de confiança em si mesmo evita o medo do desconhecido, da adversidade e do futuro.
A falta de confiança em si não é uma deficiência insuperável na vida das pessoas, mas aquelas que a sustentam tendem a ser vítimas de inibição, hesitações, abandono e falta de perseverança, especialmente em pequenas ações diárias.
Hoje em dia, além da pressão natural exercida entre os adolescentes, há o grande poder da mídia, que impõe modelos próprios de beleza física  e estética. Muitos adolescentes são vítimas dessa pressão em um grau preocupante, e isso os leva a sofrer de distúrbios psicológicos ocasionais. Durante a adolescência, é raro os adolescentes não terem pequenos problemas com sua aparência física, devido a grandes mudanças que ocorrem em seu corpo (puberdade, desenvolvimento das características sexuais externas, fim de 5eV desenvolvimento físico), mas eles são resolvidos com êxito na maioria dos casos. Somente um pequeno número de adolescentes acaba tendo problemas sérios com seu aspecto físico.
Exemplos disso são a anorexia e a bulimia. Há dados que indicam que a autoestima nessas pessoas dependerá do formato do corpo e peso, já que. para elas, essas são as coisas mais importantes. e das se sentem à vontade consigo mesmas dependendo da avaliação que fazem de sua própria aparência física.
Na área de competência escolar ou intelectual, ‘mais especificamente no nível acadêmico, os adolescentes comparam seu desempenho com o de seus melhores amigos, com o resto da classe ou com os colegas que conseguem as melhores notas, Se eles tiverem irmãos, é comum que se comparem com o desempenho deles também.
Com respeito ao campo de relações sociais, a adolescência pode ser o período da vida em que esse tipo de relações tem mais importância. É a época em que fortes laços são estabelecidos com o grupo a qual pertencem.
As relações sexuais e afetivas com o sexo oposto se iniciam e têm grande importância. Nesse tipo de relações, a comunicação interpessoal e a necessidade de ter a aprovação da turma são muito importantes.
3.0. SEJA SEU MELHOR AMIGO
casos e contratempos. Ele nos permite resistir nos momentos ruins e nos recuperar após um fracasso; não evita o sofrimento, mas nos ajuda a conter o desespero.
Amar a si próprio é uma condição essencial para que os outros nos amem. As pessoas que não têm esse amor por si apresentam fracasso e conflitos nas relações pessoais. O amor por si é o constituinte mais profundo e interno da auto- estima.
A percepção de si é a avaliação feita levando-se em conta nossas próprias qualidades e defeitos. É uma percepção subjetiva que determina um tipo específico
de autoestima.
Os três componentes da autoestima que mencionamos —a confiança, a percepção e o amor por si mesmo— em geral mantêm unia correlação importante: o amor por si (respeitar-se independentemente do que aconteça, prestar atenção a suas próprias necessidades e expressões). pois sem dúvida favorece uma percepção positiva de si; (acreditar nas próprias habilidades, projetá-las ao futuro), o que também converge de maneira favorável na confiança em si (agir sem medo excessivo de falhar e do que os outros possam pensar)
•5.0. COMO AUMENTAR A AUTOESTIMA?
O poder pessoal e a autoestima positiva são habilidades que podem ser aprendidas. É frequente os jovens questionarem sua identidade durante a adolescência. Isso ocasionará uma constante reorganização crítica da maneira como eles se gostam, fazendo, assim, a autoestima mudar. Auto estima tem urna influência poderosa na vida dos adolescentes, já que seus pensamentos, sentimentos, auto avaliação, comportamentos e relacionamentos com outros estarão relacionados com sua auto estima. É importante que a auto estima dos adolescentes aumente, pois isso  resultará em reforçarão da adulta.
Para os adolescentes, conseguir uma identidade e se sentir bem consigo são necessidades importantes. Se eles podem satisfazer essas necessidades no seu devido tempo, estarão prontos para acatar responsabilidade na vida adulta. Isso é possível por meio de :
- O conhecimento sólido de recurso, interesses e objetivos  que eles têm,
- Boas soluções pessoais;
- objetivos claros,
- competência pessoal apropriada , tanto casa como na escola ou faculdade.
a auto estima será desenvolvida quando os jovens passarem pelos seguintes aspectos de forma positiva;  Os adolescente precisam estabelecer laços que são importantes para eles e para os outros  ( laços de amizade, coleguismo, laços familiares, esportivos e afetivos, etc.)
_ Singularidade. Resultado do conhecimento e respeito que os adolescentes sentem por qualidades e atribuídos que os tornam  especiais ou diferentes, sustentados pelo respeitos e a provação dados pelos outros.
- poder. consequência da disponibilidade da mídia , oportunidade e habilidades nos adolescentes que modificam as circunstancias de sua vida significante.
- Modelos. Pontos de referencia que dão , aos adolescentes, exemplos humanos , filosóficos e práticos apropriados e adequados para que possam estabelecer um conjunto de valores . seus ideais e maneiras próprias.
Os adolescentes terão de se aceitar, admitir seus próprios defeitos, erros e limitações e estar cientes de sua realidade pessoal. É também importante apreciarem suas qualidades e as conquistas de que podem se orgulhar Eles têm de se valorizar para não terem a necessidade de que outros os apoiem ou fortaleçam de vez em quando. Ao mesmo tempo, o reconhecimento de seus aspectos negativos não pode envolver uma atitude passiva como se fossem insuperáveis. Pelo contrário, seria o primeiro passo para traçar um plano a fim de superar os obstáculos que nos impedem de sermos felizes conosco.



TEXTO RETIRADO DA COLEÇÃO APRENDENDO A VIVER
AUTORA : Mª Carmem Lorenzo Pontevedra
Edição -2008 , ED. CIRANDA CULTURAL


terça-feira, 20 de outubro de 2015

EXERCÍCIO DE RECUPERAÇÃO 02

CENTRO EDUCACIONAL 06 – GAMA /DF
PROF°: Denys Ferreira da Costa
DISCIPLINA: FILOSOFIA                                      EXERCÍCIO DE RECUPERAÇÃO 02
NOME: _____________________________________________________________Nº________
PARTE 01 - OBJETIVA


A)     FoI Aristóteles que definiu o homem como  um bípede não plumante.
B)      Para Platão o homem não é um ser determinado.
C)      Aristóteles observa que o homem é um ser político por morar na Pólis.
D)      O homem é um ser social, por conveniência
E)      Aristóteles considera o homem como um ser político, por morar na polis ( cidade).
F)      ) O homem é um ser social, por conveniência
G)     A mais tradicional definição sobre o homem, é o lobo do homem.
H)     O ser humano enquanto animal é frágil diante das intemperes  que a natureza oferece. Por isso ele utiliza de subterfúgios para driblara-la.
I)        Por mais que o homem tente se adaptar a natureza ele não consegue domina-la a seu favor.
J)       O grande diferencial do homem em relação aos outros seres vivos é que ele tem a consciência de sua existência. Essa condição o torna um ser impar pois percebe a sua fragilidade diante da natureza e da vida.
K)      Umas de suas definições é que o mito explica o inexplicável.
L)     A mitologia é anterior a filosofia.
M)   A mitologia é posterior ao surgimento da filosofia
N)      Todo mito é dogmático.
O)     A mitologia não esta relacionada com elementos da natureza e relacionados a sentimentos.
P)      São exemplos de uma mitologia brasileira : Édipo ,Narciso e Cupido.
Q)     A estrutura do mito se mantem até hoje, prova é a idolatria a determinadas personalidades que se destacam de forma globalizada como por exemplo a cantora Lady gaga.
R)      Uma das características da mitologia é o fato de explicar emoções e sentimentos, criando representações para tal fato, como por exemplo a Deusa Afrodite que representa o amor
S)      Na mitologia Hermes era representado por um menino loiro, de cabelos encaracolados com um par de asas  e que portava um arco e flecha que utilizava para apaixonar os mortais.
T)      O mito só existiu na Grécia.
Parte 02 – subjetiva.
1)       O mito de Édipo ,que inicia-se com a maldição sobre Laio e termina com a morte de Jocasta e a descoberta da sua tragédia pessoal. O assassinato de seu pai por ele e o seu casamento com sua própria mãe. Cumprindo o destino de sua maldição. Assim ,a partir de seus conhecimentos a priore (anteriores ) ,teça um comentário relacionando a questão mitológica com a ação humana.
                                                                                    ( 5 linhas)
2)       O homem sempre foi um ser observador da natureza e seus fenômenos sempre chamaram a sua atenção. Através de uma tentativa de explicar esses fenômenos naturais ,o homem começa a elaborar lendas que originaram alguns mitos. Assim a partir de seus conhecimentos e o que foi discutido em aula de um conceito sobre mito.
( 4 linhas)


3)       Ainda sobre o Mito:

A)           “...  O mito não se define pelo objeto da sua mensagem ,mas pela maneira como o profere...”
B)           “...Todo mito é uma fala ,mas podemos considerar que toda fala é um mito...”
C)           “... O mito é um modo de significação ,uma forma que será necessária impor a esta forma ,limites históricos e condições de funcionamento...”
Escolha duas afirmações e teça um comentario.

4)       Leia o texto
Você deve estar acostumado a ser visto pelos adultos como um “incômodo” “. E isso não deixa de ser verdade. O adolescente passa por uma verdadeira revolução em sua vida,é uma pessoa em movimento ,seu corpo se transforma ,suas ideias se transformam ,seus sentimentos se transforma...Muitos dos que são mais velhos já estão acomodados na vida ,e não desejam  - na maioria das vezes – mudanças que perturbem sua situação. sua situação . E é por isso que o jovem incomoda . Ele representa o novo ,que traz em si o antigo do mundo “pronto”em que nasce lutando contra o velho que já passou por esse processo de ser o novo. O jovem é a força do movimento reagindo contra toda a acomodação e, portanto , “incomoda “ os acomodados  - que se esquecem de que já passaram por isso”.

               A partir do texto responda as questões abaixo:
A ) Destaque do texto os pontos em comum entre o jovem e a filosofia


B) O incômodo é uma característica comum da filosofia e da juventude . A partir dessa análise ,elabore um comentário ,questionando o porque a filosofia torna-se um incômodo.

ENTREGA : 13/11/2015




domingo, 13 de setembro de 2015

TEXTO BASE PARA AVALIAÇÃO ORAL ( O MITO HOJE E O QUE É O MITO)

O MITO HOJE
A consciência humana, antes do advento da escrita?, permanece ingênua, não crítica, A nova forma de compreensão do mundo dessacraliza o pensamento e a ação, isto é, retira dele o caráter de sobrenaturalidade, fazendo surgir a filosofia , a ciência, a técnica, Perguntamos então: o desenvolvimento do pensamento reflexivo decretou a morte da consciência míticas?
Auguste Comte, filosofo francês de século XIX e fundador do positivismo, responde pela afirmativa: ao explicar a evolução da humanidade, define a maturidade do espírito humano pelo abandono de todas as formas míticas e religiosas.
Ao criticar o mito e exaltar a ciência, contraditoriamente o positivismo faz nascer o mito do cientificismo, ou seja a crença na ciência como única forma de saber possível, de onde surgem os mitos do progresso, da objetividade, e da neutralidade científica.
Além disso, o positivismo mostra-se reducionista, empobrecendo as possibilidades de abordagens do mundo, porque a ciência não é a única Interpretação válida do real nem é suficiente, já que o mito é uma forma fundamental do viver humano. O mito é o ponto de partida para a compreensão do ser . Em outras palavras, tudo o que pensamos e queremos se situa inicialmente no horizonte da imaginação, nos pressupostos míticos, cujo sentido existencial serve de base para todo trabalho posterior da razão.
Como o mito é a nossa primeira leitura do mundo, o advento de outras interpretações da realidade não exclui o fato de ele ser raiz da inteligibilidade. A  função fabuladora persiste não só nos contos populares, no folclore, como também na vida diária , quando proferimos certas palavras  ricas de ressonância  mítica: como casa, lar, amor, pai, mãe, paz , liberdade, morte, cuja definição objetiva não escota os significados  que ultrapassam os limites da própria subjetividades. Essas  palavras nos remetem a valores , arquetípicos, modelos universais que existem na natureza, inconsciente e primitiva de todos nós. Não é por acaso , os psicanalistas aproveitam a riqueza do mito e descobrem nele as raízes do desejo humano. Por exemplo, apedra angular da psicanálise se encontra na interpretação feita por Freud do mito de Édipo.
O mesmo sucede com personalidades como artista, políticos, esportistas que os meios de comunicação se incubem de transformar em imagens exemplares, e que no imaginário das pessoas, representam todo tipo de anseios, sucesso , poder, liderança, atração sexual , etc. Por exemplo, na década de 1950 o ator James Dean expressa o mito da juventude transviada e Marilyn Monroe um mito sexual, posteriormente outros modelos surgem e desaparecem, conforme as expectativas que que predominam em cada período. Hoje em dia, com a rapidez dos meios de cominação, essas influências tornam-se  múltiplas e também mais fugazes.
Nas histórias em quadrinhos, o maniqueísmo exprime o arquétipo da luta entre o bem e o mal, enquanto a dupla personalidade do super-herói atinge em cheio o desejo da pessoa comum de superar a própria inexpressividade e impotência, tornando-se excepcional  e poderosa. Também os contos de fada remetem as crianças aos mitos universais do herói em luta contra as forças do mal, apaziguando os temores infantis.
No campo da política, quando alguém diz que que o socialismo é um mito, pode estar dizendo que se trata de algo inatingível de uma mentira , de uma ilusão que não leva a lugar algum. Porém, outros verão positivamente o mito do socialismo como utopia, de uma mentira, de uma ilusão que não leva a lugar algum. Porém, outros verão positivamente o mito do socialismo como utopia, o lugar do “ainda não”, cuja força  mobiliza a construção daquilo que um dia poderá “vir – a – ser” . Até as mais racionais adesões a partidos políticos e a correntes de pensamento supõe esse pano de fundo, justificado e injustificáveis, em que nos move em direção a um valor que apaixona e que só posteriormente buscamos explicitar pela razão.
O nosso comportamento também é permeado de rituais , mesmo que secularizado, as comemorações de nascimento, casamento, aniversários, os festejos de ano novo, as festas de formatura , de debutantes ,trote de calouros lembram verdadeiros ritos de passagem, examinando as manifestações coletivas no cotidiano da vida urbana do brasileiro, descobrimos componentes míticos no carnaval e no futebol, ambos coo manifestações delirantes do imaginário nacional e da expansão de forças inconscientes.
O mito se expressa ainda sob formas negativas, tais como já nos referimos ao mito do cientificismo ou , em tempos mais difíceis, quando Hitler fez viver o mito da raça ariana , por ele considerada a raça pura , e desencadeou movimentos apaixonados de perseguição e genocídio de judeus e ciganos. A lista possível das conotações diversas que o mito assume não termina aqui. Apenas quisermos mostrar como um conceito tão amplo e rico não se escota numa só linha de interpretação.
CONCLUSÃO:  O mito não resulta, portanto  de delírio nem se reduz a simples mentira, mas faz parte de nossa vida cotidiana, como uma das formas impensáveis de existir o ser humano. Mito  razão se complementam mutuamente. No entanto, recuperado no cotidiano da vida contemporânea , o mito não se apresenta com a abrangência que se faz sentir entre as sociedades tribais. O aprimoramento da reflexão  que propicia o exercício da crítica racional, permite a rejeição dos mitos prejudiciais quando nos tomamos capazes de diferencia-los , legitimando alguns e negando aqueles que podem levar a desumanização.
                Para  Gusdorf, o mito propõe todos os valores  puros e impuros. Não é de a sua atribuição autorizar tudo o que sugere. Nossa época conheceu o horror do desencadeamento dos mitos do poder e da raça, quando seu fascínio se exercício sem controle. A sabedoria é um equilíbrio. O mito propõe mas cabe a consciência dispor  e foi através porque um racionalismo estreito demais fazia profissão de desprezar os mitos, que estes sem controle  tornaram-se loucos.
O QUE É O MITO

“O mito é uma primeira fala sobre o mundo, uma primeira atribuição de sentido ao mundo, sobre o qual a afetividade e o
a imaginação exercem grande papel, e cuja função principal não é explicar a realidade; mais acomodar o ser humano ao mundo”.
O mito, entre as sociedades tribais, é uma forma do ser humano se situar no mundo, isto é, de encontrar o seu lugar entre os de mais seres da natureza. É um modo ingênuo,fantasioso, anterior a toda reflexão, e não -crítico de estabelecer algumas verdades que não só explicam parte dos fenômenos naturais ou mesmo a construção cultural, mas que dão, também, as diretrizes da ação humana. Devemos  salientar, entretanto, que, não sendo teórica, a verdade do aflito não obedece a lógica nem da verdade empírica, nem da verdade científica. É verdade intuída, que não necessita de provas para ser aceita. Por essa razão, quando existem várias versões do mesmo mito, não nos devemos preocupar em estabelecer uma versão autêntica, pois é o conjunto dessas versões que constituem a sua realidade.

O mito nasce do desejo de entender o mundo, para afugentar o medo e a insegurança. O ser humano, à mercê das forças naturais, que são assustadoras, passa a emprestar qualidades emocionais. A coisas não são mais matéria morta, nem são independentes do sujeito que as percebe. Ao contrário, estão sempre impregnadas de qualidades e são boas ou más, amigas ou inimigas, familiares ou sobrenaturais, fascinantes e atraentes ou ameaçadoras e repelentes. Assim, o ser humano se move dentro de um mundo animado por forças que ele precisa agradar para que haja caça abundante, para que a terra seja fértil, para que a tribo ou o grupo seja protegido, para que as crianças nasçam e os mortos possam ir em paz.

O pensamento mítico está, então, muito ligado à magia, ao desejo, ao querer que as coisas aconteçam de um determinado modo. É a partir disso que se desenvolvem os rituais como meios de propiciar os acontecimentos desejados. O ritual é o mito tornado ação.

Os exemplos de rituais são inúmeros: já nas cavernas de Lascaux e Altamira, o homem do Paleolítico (1000 a 5000 a.C.) desenhava os animais, em estilo muito realista, e depois “atacava-os” com flechas, para garantir o êxito da caçada. Os ritos de nascimento e de morte é que dão ao recém-nascido um reconhecimento como ser vivo, pertencente a uma determinada sociedade, ou, ao defunto, a mudança de seu estatuto ontológico (de ser vivo a ser morto) e sua aceitação pela comunidade dos mortos. Outro exemplo é o da expulsão de uma comunidade: uma vez realizados os ritos, a pessoa expulsa não precisa sair da comunidade, pois todos os outros integrantes passarão a não vê-la, não ouvi-la, enfim, a agir como se ela não existisse ou não estivesse presente. Para a comunidade, terminado o ritual, a pessoa expulsa desapareceu simbolicamente, mesmo que continue de corpo presente. E essa exclusão social acaba, em geral, levando à morte.


2. Funções do mito

Além de acomodar e tranquilizar o ser humano diante de um mundo assustador, dando-lhe a confiança de que, através de suas ações mágicas, o que acontece no mundo natural de pende, em parte, dos seus atos, o mito também fixa modelos exemplares de todas as funções e atividades humanas.

O ritual é a repetição dos atos executa dos pelos deuses no início dos tempos e que devem ser imitados e repetidos para que as forças do bem e do mal sejam mantidas sob controle. Desse modo,o ritual”atualiza”,isto é, torna atual o acontecimento sagrado que teve lugar no passado mítico.



3. Característicos do mito

O mito nas sociedades tribais é sempre um mito coletivo. O grupo, cuja sobrevivência deve ser assegurada, existe antes do indivíduo e é só por meio dele que os sujeitos individuais se reconhecem como tais. Explicando melhor, o sujeito só tem consciência, só se conhece outros e do reconhecimento dos outros que ele se afirma. Por isso, pode ser expulso simbolicamente: no momento em que falta o reconhecimento dos outros integrantes do grupo, ele não se reconhece, não se encontra mais.

Outra característica do mito é o fato de ser sempre dogmático, isto é, apresentar-se como verdade que não precisa ser provada e que não admite contestação. A sua aceitação se dá, então, por meio da fé e da crença. E por não ser uma aceitação racional, o mito não pode ser provado nem questionado.

Dentro dessa perspectiva de coletivismo, a transgressão da norma, a não-obediência da regra afeta o transgressor e toda sua família ou comunidade. Assim é criado o tabu — a proibição — envolto em clima de temor e sobrenatural idade, cuja desobediência é extremamente grave. Só os ritos de purificação ou de “bode expiatório” ,nos quais o pecado é transferido para um animal, podem restaurar o equilíbrio da comunidade e evitar que o castigo dos deuses recaia sobre todos.


domingo, 30 de agosto de 2015



CENTRO EDUCACIONAL 06 – GAMA/DF
PROF° DENYS F. DA COSTA
DISCIPLINA : FILOSOFIA
ATIVIDADE 01  DE RECUPERAÇÃO

1. O HOMEM INDIVÍDUO E SENHOR DA NATUREZA

Com o final da Idade Média, marcado pelo início do Renascimento, há uma retomada do Humanismo. No terreno da reflexão ética, esse fato orientou uma nova concepção moral, centrada na autonomia humana. Nessa dinâmica, o jusnaturalismo fortaleceu essa tendência ao estabelecer a Igualdade natural entre os homens e reconhecer os direitos naturais individuais No Iluminismo, essa orientação fica ainda mais evidente, pois os filósofos passaram a defender que a moral deve ser fundamentada não mais em valores religiosos, mas em valores oriundos da compreensão acerca do que seja a condição humana.
A nova visão de homem, que nasce a partir da Renascença, está fortemente marcada pelo desejo de emancipação da esfera religiosa e eclesial. Esse projeto de emancipação se faz presente em praticamente todos os âmbitos. Em conformidade com esse ideal, rompe-se com qualquer ideia de dependência ou existência alienada, O objetivo é assumir-se como sujeito e senhor de seu próprio destino.
A Filosofia moderna, em continuidade com o humanismo renascentista, reconhece e afirma o poder da razão humana em tornar-se consciente de si mesma. Por isso, declara que todo homem tem igualmente o direito ao pensamento e à verdade, racionalmente fundados. Assim, nasce o princípio da individualidade como subjetividade livre e chamada à autodeterminação.
O antropocentrismo moderno aborda o mundo natural como um objeto de manipulação, um recurso disponível ao infinito poder da razão humana, poder de transformação, mediante a ciência e a técnica. Enquanto o humanismo renascentista, acentuando o papel da experiência e da razão, busca conhecer o mundo natural, o antropocentrismo moderno, ao fazer do homem senhor da natureza, subjuga as outras formas de vida ao senhorio humano.
Ao referirmo-nos à sociedade moderna como antropocêntrica, estamos dizendo que sua razão é uma razão técnico-científica, instrumental, na qual os outros seres estão colocados a serviço do homem. Assim, o homem é o senhor da natureza, senhor que deve reinar e subjugar a si todas as coisas. Tendo como pressuposto a inesgotabilidade dos recursos naturais, aliada à confiança nos ilimitados poderes da razão humana, nasce a ideia do progresso linear e infinito.
Assim, o contexto de um capitalismo em consolidação fortalece o espírito da luta pela afirmação dos direitos individuais, reconhecidos desde o jusnaturalismo renascentista. Contudo, em conformidade com a reflexão dos contratualistas, a natureza individualista do ser humano apresenta fortes dimensões antissociais. Em decorrência, com o objetivo de defender e garantir seus direitos individuais, os homens são capazes de criar Um pacto de não agressão, estabelecendo garantias para as liberdades e os direitos individuais.
Os caminhos e as estratégias construídos vão sinalizando para a consolidação do liberalismo, em suã radical luta contra o absolutismo e contra a intervenção do Estado nos negócios baseados na livre iniciativa. A consagração da propriedade privada como direito natural é um duro golpe contra o antigo regime. A partir da Modernidade, as teorias políticas liberais fazem do indivíduo a origem e o fim do poder político.
Dessa forma, uma das características fundamentais do individualismo moderno é fazer coincidir o interesse individual e o coletivo. O indivíduo age coletivamente para defender os seus interesses, O indivíduo é fim em si mesmo e a sociedade passa a ser organizada para o serviço da realização dos fins individuais. Em decorrência, a melhor forma de governo será a democracia liberal, e a melhor política será o “laissez faire, laissez passer, le monde va de lui-même”; ou seja, deixar acontecer, deixar passa; o mundo e as relações vão cuidando e aleitando as coisas. Por isso, as funções principais do Estado reduzem-se a maximizar a liberdade e as oportunidades individuais e manter a ordem e a lei, evitando, assim, conflitos e garantindo acordos.
GROSSARIO:JUSNATURALISMO: Direito natural (Latim ius naturali) ou jusnaturalismo é uma teoria que procura fundamentar a partir da razão prática uma crítica a fim de distinguir o que não é razoável na prática do que é razoável e, por conseguinte, o que é realmente importante considerar na prática em oposição ao que não o é.[1] Uma característica fundamental que explicita o que é a teoria do direito natural é o seu projeto. Ela não se propõe a uma descrição de assuntos humanos por meio de uma teoria; tampouco procura alcançar o patamar de ciência social descritiva. A teoria do direito natural tem como projeto avaliar as opções humanas com o propósito de agir de modo razoável e bem.[2] Isso é alcançado através da fundamentação de determinados princípios do Direito Natural que são considerados bens humanos evidentes em si mesmos.
CONTRATUALISMO: Contrato social (ou contratualismo) indica uma classe abrangente de teorias que tentam explicar os caminhos que levam as pessoas a formarem Estados e/ou manterem a ordem social. Essa noção de contrato traz implícito que as pessoas abrem mão de certos direitos para um governo ou outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social. Nesse prisma, o contrato social seria um acordo entre os membros da sociedade, pelo qual reconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de regras, de um regime político ou de um governante.
O ponto inicial da maior parte dessas teorias é o exame da condição humana na ausência de qualquer ordem social estruturada, normalmente chamada de "estado de natureza". Nesse estado, as ações dos indivíduos estariam limitadas apenas por seu poder e sua consciência. Desse ponto em comum, os proponentes das teorias do contrato social tentam explicar, cada um a seu modo, como foi do interesse racional do indivíduo abdicar da liberdade que possuiria no estado de natureza para obter os benefícios da ordem política.
QUESTÕES:
01)   Em que medida o jusnaturalismo contribuiu para uma nova visão ?
02)   No 1° parágrafo o texto cita a condição humana. Assim leia o texto do seu livro ( pag 69 ) e elabore um conceito  sobre o que seria condição humana?
03)   Qual a nova visão do homem?
04)   Compare o antropocentrismo moderno com o humanismo.
05)   A partir da leitura do texto , comente a seguinte afirmação: “ O homem é o senhor da natureza”
06)   O direito individual vai na contramão de uma visão social, porém é necessário, na medida que fortalece o homem diante do Estado. Faça, um comentário a partir das idéias contidas no texto.
07)   Qual a principal característica do individualismo moderno?

08)   Faça um breve resumo crítico sobre o texto.  
ENTREGA ;11/09/2015