segunda-feira, 24 de outubro de 2011

CONCEITOS BÁSICOS DE ESTÉTICAS

CONCEITOS BÁSICOS DE ESTÉTICA


ESTÉTICA: (do grego ou aisthésis: percepção, sensação) é um ramo da filosofia que tem por objeto o estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte. Ela estuda o julgamento e a percepção do que é considerado belo, a produção das emoções pelos fenômenos estéticos, bem como: as diferentes formas de arte e da técnica artística; a idéia de obra de arte e de criação; a relação entre matérias e formas nas artes. Por outro lado, a estética também pode ocupar-se do sublime, ou da privação da beleza, ou seja, o que pode ser considerado feio, ou até mesmo ridículo

ARTE: A arte é uma criação humana com valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. É um conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos.

BELO: 1) O belo como manifestação do bem é a teoria platônica do belo. Segundo Platão, só à beleza, entre todas as substâncias perfeitas, "coube o privilégio de ser a mais evidente e a mais amável" (Fed., 250 e). Por isso, na beleza e no amor que ela suscita, o homem encontra o ponto de partida para a recordação ou a contemplação das substâncias ideais (ibid., 251 a). A repetição dessa doutrina do belo no neoplatonismo assume caráter teológico ou místico porque o bem ou as essências ideais de que falava Platão são hipostasiadas e unificadas por Plotino no Uno, isto é, em Deus; o Uno e Deus são definidos como "o Bem".

BELEZA: A beleza é uma experiência, um processo cognitivo ou mental, ou ainda, espiritual, relacionada à percepção de elementos que agradam de forma singular aquele que a experimenta. Suas formas são inúmeras, e a ciência ainda tenta dar uma explicação para o processo.

O conceito é humano, mas suas expressões são próprias da natureza, pois em parte está assentado sobre diretrizes biológicas que são ativas em inúmeras espécies superiores de seres vivos, como por exemplo, as aves e os mamíferos. Através deste aspecto, a beleza pode ser compreendida como elemento importante no processo evolutivo das espécies em questão. Até então, a beleza pode ser mensurável, já que está subordinada a padrões específicos. Mas no universo humano, ela não se resume a isso.

GOSTO: entende-se por gosto sobretudo o critério do juízo estético, e foi com esse sentido que essa palavra se incorporou no uso corrente. Em seu sentido mais geral, o gosto é definido por Vauvenargues como "disposição para julgar corretamente os objetos do sentimento"

FEIO: Objetivamente, a feiura (ou fealdade) opõe-se à beleza; contudo, não se quer dizer que no feio faltem todos os elementos que constituem o belo, mas não somente que lhe falta em grau notável, algum desses elementos.

A definição de beleza em geral como a expressão sensível de uma vida rica, harmoniosa e livre; e, em particular, de uma vida humana harmonicamente desenvolvida, desdobrando-se livremente e tendendo vitoriosamente aos seus fins naturais. Feio, por conseguinte, será todo aquele objeto, que nos parece possuir uma vida pobre, incompleta, desproporcionada, ou sentimentos de uma alma vil e desregrada.

Alguns animais parecem-nos feios e até repugnantes, porque nas suas formas desproporcionadas e movimentos tortuosos e estranhos, julgamos ver vida incompleta, contrariada e sem harmonia. O homem não somente é levado a admirar e a procurar o belo na natureza, mas vai mais além, quer exprimir por meio de formas sensíveis o belo que ele próprio concebeu: é o objeto da arte.

TEXTO FILOSOFIA DA ARTE 2º ANO

Filosofia da Arte


Precisamos, no entanto, distinguir entre Estética e Filosofia da Arte. A rigor, o domínio 10 dos fenômenos estéticos não está circunscrito pela Arte, embora encontre nesta a sua manifestação mais adequada. Sob esse prisma, o domínio do estético abrange o da Arte, não só por ser muito mais dilatado, como também porque é nele que devemos ir buscar os critérios gerais que permitem distinguir, nas manifestações artísticas, as autênticas das inautênticas, as valiosas das desvaliosas, as esteticamente boas das esteticamente más.

Mas, por outro lado, a Arte excede, de muito, os limites das avaliações estéticas. Modo de ação produtiva do homem, ela é fenômeno social e parte da cultura. Está relacionada com a totalidade da existência humana, mantém íntimas conexões com o processo histórico e possui a sua própria história, dirigida que por tendências que nascem, desenvolvem-se e morrem, e às quais correspondem estilos e formas definidos. Foco de convergência de valores religiosos, éticos, sociais e políticos, a Arte vincula-se à religião, à moral e à sociedade como um todo, suscitando problemas de valor (axiológicos), tanto no âmbito da vida coletiva como no da existência individual, seja esta a do artista que cria a obra de arte, seja a do contemplador que sente seus efeitos.

Ora, a Filosofia da Arte, que não dispensa pressupostos estéticos, uma vez que estabelece um diálogo com aquelas produções artísticas esteticamente válidas, não só tem na Arte o seu objeto de investigação, como também aquele primeiro dado, de cuja existência se vale, para levantar problemas de índole geral, requeridos pelo dinamismo da reflexão filosófica. Isso quer dizer que a Filosofia da Arte não e uma disciplina especial, senão no sentido de que considera, antes de tudo, a própria Arte Trata se na verdade de uma senda aberta à reflexão filosófica, por onde esta renova o seu diálogo expansivo com o mundo, com a existência humana e com o Ser Dai decorre o fato de que semelhante filosofia conserva, nos problemas particulares de que trata, e que derivam do objeto específico em que se detém, a profundidade dos legítimos problemas filosóficos.

Qual a relação entre Arte e Realidade? Pode-se falar num conhecimento específico, alcançado só por intermédio da Arte, em oposição ao conhecimento objetivo, da ciência e da filosofia? Qual o nexo existente entre a atividade artística e os diferentes valores, principalmente os morais e os religiosos? De que maneira essa atividade se relaciona com a atividade produtiva, sob o aspecto da técnica? Quais são, finalmente, as conexões da Arte com a sociedade, a história e a cultura? Eis os mais relevantes problemas da Filosofia da Arte. Podemos encontrá-los todos, alguns apenas esboçados, outros solucionados de acordo com os padrões culturais da sociedade grega do século V a. C., na filosofia platônica. Entretanto, só modernamente, depois do nascimento da Estética, foi que a Filosofia da Arte, nas primeiras décadas do século XIX, começou a desenvolver-se em bases novas, que em grande parte ainda continuam sendo as nossas.

Os idealistas alemães, Schelling, Schopenhauer, e principalmente Hegel, embora submetessem a Filosofia da Arte aos sistemas filosóficos que elaboraram, contribuíram, de Limeira decisiva, depois de Kant e de Schiller, para fazer dessa filosofia o que ela é atualmente:

uma reflexão que tem como um dos seus fins últimos justificar a existência e o valor da Arte determinando no conjunto das criações do espirito humano, a função que ela desempenha, ao lado da ciência, da religião, da morai e, também, fato digno de nota, ao lado da própria filosofia, cujo atual interesse pela Arte não encontra paralelo em épocas passadas.