quinta-feira, 15 de setembro de 2011

CONCEITOS BÁSICOS DE LÓGICA

CONCEITOS BÁSICOS DE LÓGICA.


LÓGICA: (do grego clássico λογική logos, que significa palavra, pensamento, ideia, argumento, relato, razão lógica ou princípio lógico), é uma ciência de índole matemática e fortemente ligada à Filosofia. Já que o pensamento é a manifestação do conhecimento, e que o conhecimento busca a verdade, é preciso estabelecer algumas regras para que essa meta possa ser atingida. Assim, a lógica é o ramo da filosofia que cuida das regras do bem pensar, ou do pensar correto, sendo, portanto, um instrumento do pensar. A aprendizagem da lógica não constitui um fim em si. Ela só tem sentido enquanto meio de garantir que nosso pensamento proceda corretamente a fim de chegar a conhecimentos verdadeiros. Podemos, então, dizer que a lógica trata dos argumentos, isto é, das conclusões a que chegamos através da apresentação de evidências que a sustentam. O principal organizador da lógica clássica foi Aristóteles, com sua obra chamada Organon. Ele divide a lógica em formal e material.

DEDUÇÃO: é toda inferência que parte do universal para o particular (aspecto convergente). Utiliza-se da confrontação de duas proposições (uma generalizadora e outra particularizadora) para extrair uma conclusão.

Note-se que o aspecto geral (universal) pode permitir diversas conclusões para uma mesma premissa. Portanto, o aspecto convergente da dedução advém da identificação de uma característica particular (peculiaridade) do elemento analisado que conduza a um resultado único, distinto das demais conclusões possíveis.

* Raciocinar ou argumentar é um ato característico da inteligência humana. Trata-se de um tipo de operação discursiva do pensamento que consiste em encadear premissas para deles extrair uma conclusão

INDUÇÃO: A indução é o raciocínio que, após considerar um número suficiente de casos particulares, conclui uma verdade geral. A indução, ao contrário da dedução, parte da experiência sensível, dos dados particulares

• * Indução em filosofia é considerado o método de pensamento ou raciocínio em que se extrai de certos fatos conhecidos, mediante observação, alguma conclusão geral que não se acha rigorosamente relacionada com eles.

• Indução pode ser considerada também a inferência conjectural que conclui, da regularidade de certos fatos, a existência de outros fatos ligados aos primeiros na experiência anterior.

• Indução de Francis Bacon Afirma que o cientista deve observar e descrever fatos empíricos, organizar e transpor em uma linguagem matemática. A partir dai, salta-se das sensações particulares aos axiomas mais gerais e descobre axiomas intermediários, dando-se pouca ênfase à elaboração de hipóteses.

A indução consiste em afirmar acerca de todos, aquilo que foi possível observar em alguns. Ou seja, através de uma amostra definimos uma teoria genérica, incluindo elementos que não faziam parte dessa amostra/estudo. A indução faz a generalização, isto é, cria proposições universais a partir de proposições particulares. É, portanto, uma forma de raciocínio pouco credível e muito mais susceptível de refutação. Esta operação mental foi desenvolvida por Aristóteles.

ANALOGIA: é o raciocínio que se desenvolve a partir da semelhança entre casos particulares. Através dele não se chega a uma conclusão geral, mas só a outra proposição particular. Além disso, assemelha-se à indução, mas considera somente um caso particular como ponto de partida.

Na nossa vida prática, são comuns as ações por analogia:

• Se a minissaia fica bem numa atriz de TV, muitas espectadoras tendem a pensar que também ficaria bem nelas;

• Se tal remédio fez bem para um amigo meu, logo deverá fazer bem a mim também;

• Se fulana emagreceu com um tipo de regime da lua, logo cicrano também emagrecerá; e assim por diante.

FALÁCIA: é toda inferência que parte do universal para o particular (aspecto convergente). Utiliza-se da confrontação de duas proposições (uma generalizadora e outra particularizadora) para extrair uma conclusão.o. Reconhecer as falácias é por vezes difícil. Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica ou emotiva, mas não validade lógica.

É importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para analisar a argumentação alheia.

*Falácia é uma palavra de origem grega utilizada pelos escolásticos para indicar o “silogismo sofistico” de Aristóteles.

Segundo Pedro Hispano: “Falácia é a idoneidade fazendo crer que é aquilo que não é, mediante alguma visão fantástica, ou seja, aparência sem existência”. (p. 426)

Pedro Hispano (Papa João XXI) dedicou metade de sua obra Súmula logicales (séc. XIII) a refutação das falácias. Na lógica medieval, as falácias foram muito cultivadas, perdendo sua importância na lógica moderna.

Atualmente, falácia é entendida como qualquer erro de raciocínio, seguido de uma argumentação inconsistente. Considerando que um raciocínio pode falhar de inúmeras maneiras, as falácias foram classificadas em formais (tentativa de um raciocínio dedutivo válido, sem o ser) e informais (outro erro qualquer).

SILOGISMO :Um silogismo (do grego antigo συλλογισμός, "conexão de idéias", "raciocínio"; composto pelos termos σύν "com" e λογισμός "cálculo") é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das primeiras duas, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão. A teoria do silogismo foi exposta por Aristóteles em Analíticos anteriores.

Num silogismo, as premissas são um ou dois juízos que precedem a conclusão e dos quais ela decorre como consequente necessário dos antecedentes, dos quais se infere a consequência. Nas premissas, o termo maior (predicado da conclusão) e o termo menor (sujeito da conclusão) são comparados com o termo médio, e assim temos a premissa maior e a premissa menor segundo a extensão dos seus termos.

Um exemplo clássico de silogismo é o seguinte:

Todo homem é mortal.

Sócrates é homem.

Logo, Sócrates é mortal.



CONHECIMENTO A PRIORI: A priori (do latim, « partindo daquilo que vem antes »), é uma expressão filosófica que designa uma etapa para se chegar ao conhecimento, que consiste no pensamento dedutivo. Mais especificamente, o conhecimento proposicional não pode ser adquirido através da percepção, introspecção, memória ou testemunho. É, assim, uma anterioridade lógica e não cronológica que é designada na noção "a priori". O conhecimento a priori se complementa com o conhecimento a posteriori, aquele que se adquire com a experiência.



CONHECIMENTO A POSTERIORI (do latim, « partindo daquilo que vem depois ») refere-se à etapa para se chegar ao conhecimento que é realizada através da experiência. É um conceito fundamental da epistemologia, na teoria do conhecimento. Os defensores de que o conhecimento a posteriori é o único fiável são conhecidos como empiristas. Para eles, julgamentos e conhecimento não podem se subscrever à experiência, o homem não pode conhecer que aquilo que lhe é accessível pela experiência, e antes tudo pela percepção sensorial. Também rejeitam a validade do conhecimento a priori que, não podendo ser submetido à verificação, é consequentemente desprovido de valor. David Hume, representante do cepticismo empirico, chega até a negar a existência do "eu": este é inconhecível e os seres humanos são de « feixes das percepções ».

Os racionalistas têm uma posição mais moderada, admitem simultaneamente a possibilidade de conhecimento a priori e de conhecimento a posteriori. Entretanto, os empiristas não negam a validez dos julgamentos analíticos, que podem ser apreendidos apenas pela compreensão do enunciado. Por exemplo, o enunciado "todos os cães pretos são cães" é necessariamente verdadeiro, independentemente de toda experiência real, desde que o atributo seja contido no sujeito.

Mas estes tipos de verdades excedem o estrito campo da pesquisa epistemológica: John Locke qualifica-os de « insignificantes » e John Stuart Mill de « puramente verbais ».

Desse ramo do pensamento filosófico é nascido o conceito pedagógico moderno de "influência pelo meio", que entende que o meio habitado pela criança tem maior influência na formação de seu caráter que questões de ordem, como por exemplo a genética.

Os principais defensores deste pensamento foram John Locke e David Hume.

FONTE: WIKIPÉDIA,

UOL EDUCAÇÃO

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